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Criamos esse post para mostrar (do jeito mais fiel possível – com imagens) como ficam os cocôs dos cães alimentados com meaty bones. Assim, os já adeptos podem ter uma idéia de como é um cocô normal, e os que ainda pretendem começar a dieta podem saber que tipo de cocô esperar.

Em geral, o cocô dos cães que comem alimentação natural são sequinhos, muito menos volumosos e  praticamente sem cheiro.

Duvida?

Veja por si mesmo, nas fotos abaixo. Estamos acostumados a pensar em cocô de cachorro como uma meleca grande, marrom e macia, mesmo estando bem formado. E o que acontece quando você pisa nesse tipo de cocô?  Seu calçado afunda e o cocô fatalmente penetra no solado, recusando-se a sair sem ajuda de uma escova ou graveto. E o cheiro? Quem já passou por essa terrível experiência sabe que é forte o suficiente para sentir a distâncias bem consideráveis, e muito, mas muito desagrável.

Dietas compostas por uma grande porção de grãos deixam as fezes grandes e fedidas. E tantos resíduos de grãos e amidos acabam atraindo outros cães – e muitas vezes até próprio autor do cocô! A coprofagia, ou hábito de comer fezes, dificilmente aconteceria em cães alimentados desde filhotes com carnes e ossos. A textura mais macia dessas fezes, além de seduzir o paladar (ugh…), não esvazia periodicamente as glândulas ad-anais – aquelas que o cão espreme involuntariamente quando está com medo e que liberam um cheiro monstruoso. Sem o esvaziamento natural proprocionado pela eliminação de fezes durinhas, essas glândulas podem inflamar.

Outra característica do “cocô de meaty bones” é que ele não reluta em se desintegrar facilmente e devolver ao solo os minerais e nutrientes que o animal desprezou. E como não contém conservantes nem corantes o cocô de meaty bones não mancha o piso.

Confira as fotos abaixo. Não, não se tratam de pedregulhos dispostos sobre a grama. São as fezes de um Pastor Australiano de 18 quilos, o Goomba, que comeu 300 gramas de dorso de frango cru no café-da-manhã. O organismo dele aproveitou o alimento ingerido e produziu esse cocô seco e insosso que não convida à corprofagia. E que também não facilita a vida dos vermes intestinais. Vermes detestam o alho que os cães comem quase diariamente, e imagino que a umidade diminuída das fezes atrapalhe bastante o ciclo biológico deles.

Trezentos gramas de meaty bones viraram não dois montes amolecidos de cocô, mas essas bolinhas que ao sol se tornam esbranquiçadas (cor dos ossos ingeridos), sequinhas e sem cheiro. Se você pisar nelas o máximo que acontece é esfarelarem. Desta forma, se me esqueço de recolher o cocô (coisa até capaz de acontecer, já que o cheiro é muito menos ofensivo), ele se desfaz com a chuva em pouco tempo, por exemplo, e devolve os minerais e nutrientes para o solo. Da forma como deveria ser.

Cocôs encontrados no jardim com esse aspecto são perfeitamente normais, assim como alguma diminuição na frequência de “idas diárias ao banheiro”. No entanto, o comportamento do cão na hora de defecar deve continuar o mesmo. Ele não deve sentir dor nem dificuldade para fazer cocô. Se você encontrar sangue nas fezes ou irritação na região anal pode ser sinal de uma constipação. Nesse caso, aí vão algumas dicas para contornar o problema:

  1. Aumente um pouco a quantidade de vegetais do jantar e dê preferência para abobrinha, abóbora, folhas verdes e banana com casca;
  2. Mantenha a pele e a gordura das peças de meaty bones;
  3. Evite oferecer pés pois essas peças contêm uma proporção maior de ossos em relação à carnes e gordura, favorecendo o ressecamento;
  4. Aumente um pouco a quantidade de óleo vegetal;
  5. Acrescente um punhado de alfafa desidratada às refeições (até 1% do volume total de alimentos diários);
  6. No lugar de oferecer apenas meaty bones no almoço e os todos os outros ingredientes apenas no jantar, prepare duas refeições com todos os ingredientes da dieta, com o intuito de homogeneizar as duas refeições. Os ossos muitas vezes são os responsáveis pelos cocôs mais durinhos. Dividir a quantidade de ossos oferecidos diariamente entre as duas refeições e misturá-los aos outros ingredientes pode ajudar a amolecer as fezes.

Caso seu pet fique mais de 2 dias sem fazer cocô ou comece a apresentar sintomas como perda de apetite ou dor abdominal, leve-o imediatamente ao veterinário.

Refeições sem ossos e principalmente dietas sem ossos (mais informações em breve) costumam produzir cocôs menos ressecados. Se é uma dieta assim que você oferece ao seu pet, o cocô dele talvez não fique tão sequinho. Em dietas cozidas os cocôs costumam ser mais úmidos e um pouco mais volumosos. Se seu pet sofre com constipação e as dicas acima não solucionaram o problema, talvez seja interessante tentar alguma dessas outras modalidades de alimentação.

Observação: O cocô de cães filhotes, mesmo alimentados com meaty bones, pode não ficar tão sequinho. Isso acontece porque o trânsito gastro-intestinal deles é muito rápido e não consegue absorver a umidade com tanta eficiência.

Bom apetite e uma lambida do Cachorro Verde!