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“Meu cão/gato come tudo: os meaty bones, as carnes e os suplementos. Mas não quer saber dos legumes!”

Os legumes, principalmente para os gatos, não são tão palatáveis (atraentes ao paladar) quanto as carnes e os meaty bones. No caso dos bichanos, a rejeição aos vegetais é natural, pois eles são carnívoros restritos e requerem um mínimo de fibras vegetais na dieta para ficarem bem. Basta que tenham acesso a gramíneas (do jardim ou as próprias para gatos, vendidas em pet shops), e eles viverão muito bem à base de meaty bones, carnes, gordura e vísceras cruas.

Já os cães aproveitam melhor os alimentos de origem vegetal, contanto que estejam liquidificados e/ou cozidos.

Antes de tentar as dicas práticas para convencer seu cão a comer os vegetais, verifique se você não está oferecendo comida em excesso e limitando assim o apetite dele. De barriga cheia, seja por excesso de petiscos ou por estar recebendo uma quantidade muito grande de alimentos na dieta, o paladar dos cães pode se tornar seletivo. Com isso, eles preferirão comer o que gostam mais – em geral, as carnes, vísceras e meaty bones.

Se não for caso do seu peludo, veja algumas maneiras de faze-lo se interessar pelos legumes:

– Se você oferece os legumes crus (exceção: batatas, mandioquinha, cará e inhame, que devem sempre ser oferecidos cozidos) e liquidificados, misture-os às carnes e aos suplementos (iogurte integral, óleo vegetal ou de peixe e levedura de cerveja). O cão não conseguirá separar as deliciosas carnes e suplementos dos vegetais e acabará comendo tudo junto. Vale também bater tudo no processador ou liquidificador. Se tiver dificuldades para bater os meaty bones, bata os vegetais junto com as carnes e vísceras.

Não deu certo?

– Passe a oferecer os legumes cozidos e cortadinhos (ou cozidos e liquidificados) e misture tudo às carnes e aos suplementos, conforme sugerimos anteriormente. Legumes cozidos são mais gostosos, apesar de serem pouca coisa menos nutritivos.

Não funcionou?

– Lembre-se que os pets são como nós: têm suas preferências alimentares. Há cães que preferem abóbora à berinjela, e por aí vai. Descubra se o pet recusa todos os vegetais ou se há opções que ele aprecia e insista nessas últimas.

Nada ainda?

– Experimente oferecer frutas! Os gatos dificilmente as comerão, mas os cães costumam adorar maçãs, bananas, pêras e outras frutas. Ofereça bananas, maçãs e pêras com casca, mas retire as sementes das maçãs – elas liberam cianeto no estômago.

Não comeu?

– Tente oferecer pão integral, macarrão integral cozido ou grãos (cereais) integrais cozidos, que são boas fontes de fibras e costumam ser bem palatáveis para os cães.

Ainda não?

– Experimente oferecer ervilhas e/ou milho em converva (de latinha mesmo). Remova a água da conserva e misture aos outros alimentos do pratinho.

– Tempere os legumes cozidos usando azeite, ervas frescas ou desidratadas (orégano, manjeiricão, tomilho, alecrim, etc); queijo ralado, uma pitadinha de sal, uma colherzinha de chá de mel de abelhas.

Por fim, se nada funcionar…

Omita os vegetais da dieta. Na tradicional dieta Raw Meaty Bones, criada pelo “pai” da Alimentação Natural, o médico-veterinário Tom Lonsdale, não há obrigação de incluir vegetais nas dietas de cães e gatos. Isso porque na Natureza esses animais são carnívoros e vivem muito bem assim. Apenas aumente a quantidade de meaty bones e de carnes desossadas – tomando o cuidado de variar ao máximo as fontes desses alimentos. Por exemplo: em vez de adotar uma formulação do tipo 50% meaty bones, 25% carnes e/ou vísceras e 25% legumes; experimentar oferecer 60% de meaty bones ou carcaças frescas,  25% carnes desossadas e 15% vísceras.  Esse é um modelo de dieta perfeitamente aceitável para cães e gatos saudáveis. Saiba mais sobre a dieta Raw Meaty Bones clicando aqui – você poderá ler, de graça, traduzido para o português, e na íntegra – o melhor livro sobre essa dieta.

Bom apetite e uma lambida do Cachorro Verde!