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Dois dos meus óleos favoritos – para pets e pessoas – por seus inúmeros benefícios à saúde: o óleo de peixe (fonte de ômegas-3 EPA e DHA) e o óleo de coco. Eles não são baratos, mas valem muito a pena como valiosos promotores da saúde e longevidade.

As propriedades do óleo de peixe (à venda em drogarias) serão abordadas com riqueza de detalhes em um artigo exclusivamente sobre óleos na Alimentação Natural de cães e gatos. Aguardem! 😛

Mas fiquem com informações retiradas do imperdível site Crianças na Cozinha, mantido pela amiga e culinarista Pat Feldman, sobre o óleo de coco. Como esse óleo é ainda um pouco oneroso em nosso país, podendo custar cerca de R$ 35,00 o meio litro, confiram ao final desta postagem uma receita de óleo de coco caseiro, gentilmente cedida por Erika, leitora do site e adepta da AN para sua turminha. E, caso prefiram comprar, nessa clínica veterinária de São Paulo, vocês encontram o óleo de coco a um bom preço!

Óleo de coco – um ingrediente saudável

O mais incrível a respeito da gordura de coco não é o desconhecimento dos consumidores, mas sim dos produtores, sobre os enormes benefícios deste super alimento. Eles não fazem idéia do tesouro que oferecem! Em primeiro lugar, a gordura de coco favorece a proteção do organismo contra doenças infecciosas (virais e bacterianas). Isso se deve a uma gordura muito especial do coco, que recebe o nome de ácido láurico.

O ácido láurico é utilizado pelo organismo para fabricar um outro tipo de gordura (ácido graxo) denominado monolaurina. É graças a esta substância que os recém-nacidos e lactentes obtêm proteção especial contra infecções. Sem a presença de ácido láurico, não há monolaurina. E de onde o bebê consegue o ácido láurico? Do leite materno.

O mais incrível é que este fato é conhecido pela ciência e ignorado pela medicina e nutrição desde 1966. Por que toda essa desinformação? Quanto dessa desinformação não será causada por toda uma indústria de alimentos, que não acredita nos ingredientes saudáveis que a natureza fornece, e vive tentando “melhorar” esses ingredientes. Em outras palavras, torná-los mais artificiais, patenteáveis e lucrativos. A febre dos óleos vegetais refinados e margarinas hidrogenadas enche os bolsos da indústria, que patrocina cada vez mais eventos médicos, pesquisas e até associações médicas. Pena que todo esse processamento industrial provoca a perda de importantes componentes, bem como a distorção da função desses óleos e gorduras

A monolaurina e outros derivados do ácido láurico são capazes de inativar, em laboratório, o vírus da AIDS (HIV), do sarampo, do herpes e o citomegalovirus, entre outros vírus, bactérias e protozoários.

Estudos também demostraram um efeito anti-câncer da gordura de coco, em cobaias. Em um deles, a diferença na indução de câncer do intestino através de uma substância química foi da ordem de 10 vezes menos para as cobaias alimentadas com gordura de coco, em comparação àquelas alimentadas com óleo de milho. Outras pesquisas demonstraram efeito protetor contra o câncer de mama, também em cobaias.

No entanto, infelizmente, o que vemos por aí é um consumo insignificante de ácido láurico (gordura de coco) e um consumo cada vez maior, mais desenfreado, de gordura vegetal hidrogenada outros óleos e margarina, produtos totalmente nocivos à saúde e presentes, literalmente, no pão nosso de cada dia.

A manteiga, o leite cru (não pasteurizado) integral e o azeite de dendê também possuem ácido láurico, esse grande promotor da saúde. Engraçado, esses três alimentos naturais são banidos como grandes inimigos da saúde! Quem disse que gordura não faz bem?

A gordura do coco, assim como a gordura do peixe, diminuem as concentrações de substâncias pró-inflamatórias do organismo, que recebem nomes como TNF-alfa, Interleucina-1-beta e Interleucina-6. Pesquisas indicam que a gordura do coco pode ser muito útil no tratamento de doenças que envolvam um estado inflamatório agudo e/ou crônico. E a enxaqueca é uma doença crônica que compreende um estado inflamatório na sua fase de dor! A gordura do coco, ainda por cima, aumenta a produção no organismo de uma substância antiinflamatória chamada Interleucina-10, portanto podemos dizer que essa gordura é duplamente antiinflamatória!

Autoria:
Dr. Alexandre Feldman


(Clique na figura acima para ler outro artigo interessante sobre o óleo de coco)

Receita de óleo de coco

Sobre o óleo de coco caseiro, by Erika, autora da receita: “Comecei a fazer o óleo meio que sem querer.  Pesquisando leites alternativos (sem caseína, sem lactose), encontrei receitas de leite de coco. Ao fazer o leite notava uma camada de gordura que nem sempre era fácil de misturar ao resto do líquido para consumir e comecei a separar. E assim se consegue o óleo de coco.”

Ingredientes e material:

  • 2 cocos secos  médios
  • água potável da melhor qualidade que vc conseguir
  • vasilha grande
  • martelo
  • pano de prato
  • liquidificador

Como fazer:

  • Lave bem os cocos e retire o máximo possível dos fiapos da casca. Minha mãe punha direto na boca do fogão para queimar os fiapos. Se fizer isso, precisa lavar muito bem os cocos com escovinha para retirar todo o pretinho do carvão que forma.
  • Quebre o coco e guarde a  água (normalmente bato com o martelo no coco sobre uma vasilha bem grande). Quando quebra,  a água escorre e pode ser recolhida facilmente sem muitos malabarismos.  Algumas pessoas costumam retirar a água, furando os “olhos” do coco com um preguinho mas acho isso muito trabalhoso.
  • Envolva o coco num pano  e termine de quebrar a casca. Quanto mais quebrar, mais fácil fica para retirar a polpa.
  • Separe a polpa da casca com a ajuda da ponta de uma faquinha (enquanto você quebra a casca a maior parte da polpa já se solta sozinha).
  • O próximo passo é medir a água de coco reservada e adicionar água até completar mais ou menos 1 litro.
  • Bater tudo no liquidificador por cerca de 2 a 3 minutos (dependendo da qualidade e, por consequência, da quantidade da polpa, pode ser necessário mais água. Vá acrescentado aos poucos – chego a usar no máximo 1 litro e meio).
  • Espremer essa massa num pano limpo (geralmente uso uma peneira bem grande e deixo escorrendo enquanto faço outras coisas e termino “ajudando” com um colher – apertando a massa contra a peneira –  para retirar todo o líquido.
  • Guarde a polpa no freezer para utilizar em receitas que levam coco ralado: bolos, docinhos de festa, etc.
  • Leve o líquido à geladeira imediatamente – ele azeda com facilidade. O leite de coco já está pronto assim. Você não precisa retirar a gordura dele, se não quiser.
  • O leite de coco substitui o leite de vaca com inúmeras vantagens. Dura na geladeira uns 3 dias.
  • Para se obter a gordura (o óleo!) do coco, deixe o leite descansando na geladeira de um dia para outro. Você notará uma camada gordurosa e firme por cima.
  • Retire essa camada cuidadosamente e guarde num pote fechado na geladeira. Ela pode ser usada para passar no pão, cozinhar, adicionar como suplementos na alimentação da sua família humana e canina . Com 2 cocos muito bons dá para obter cerca de 80/90g de gordura. Não sei a validade dessa gordura. Em casa sempre acaba muito rápido.
  • Dá um pouco de trabalho, não rende muito mas você tem certeza do que está consumindo. Espero que goste!

Caso prefira adquirir o óleo de coco já pronto, procure por esse produto em lojas de produtos naturais ou compre pela Internet – brasileira ou estrangeira.

Quanto oferecer?

  • Cães de porte pequeno e gatos: 1 colher de café ou chá por dia
  • Cães de porte médio: até 1 colher de sobremesa por dia
  • Cães de porte grande e gigante: até 1-2 colheres de sopa por dia
  • Misture na Alimentação Natural, dieta cozida ou ração do pet
    Observação: é absolutamente normal e até esperado que o óleo de coco se solidifique quando a temperatura ambiente se encontra igual ou inferior a 24 graus centígrados. Não descarte o óleo. O fato de estar durinho não altera o seu valor nutricional.

Bom apetite e uma lambida do Cachorro Verde!